Programa do Sebrae e governo vai ampliar as capacidades de gestão dos artesãos brasileiros

Em clima de retomada, foi realizada na noite desta quarta-feira (27) a solenidade de abertura do 14º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras. O evento, realizado em Brasília, é o primeiro grande encontro dos artesãos brasileiros que acontece de modo presencial desde o início da pandemia de Covid-19. Na ocasião, o Sebrae lançou a Trilha Artesão Empreendedor, uma iniciativa voltada a capacitar os artesãos para recuperarem o seu faturamento e desenvolverem inovações em seus negócios. A ação é resultado de uma parceria com o Programa do Artesanato Brasileiro, da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME).

“O governo trabalhou, durante toda a pandemia, para ampliar as capacidades empreendedoras dos artesãos, fortalecendo os diferentes estágios da cadeia produtiva, ampliando a inclusão digital, abrindo novos mercados no exterior e em market places e melhorando o acesso ao crédito”, destacou o secretário titular da Sepec, Carlos Da Costa. “O artesanato é uma atividade com enorme capacidade de geração de emprego e renda, em especial nas localidades mais vulneráveis. Nós acreditamos na força do artesão brasileiro e estamos indo a feiras internacionais em todo mundo para abrir novas possibilidades”, complementa o secretário.

“A Trilha Artesão Empreendedor vai contribuir com a qualificação dos artesãos para a melhoria da sua gestão financeira, de marketing, de acesso a mercados, inclusão digital e tomada de crédito consciente”, comenta o gerente nacional de competitividade do Sebrae Cesar Rissete. Segundo ele, apenas no primeiro dia, a iniciativa já teve mais de 2 mil artesãos de todo o país interessados em aderir. Além da qualificação, o programa também vai estender aos empreendedores os benefícios de estarem cadastrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab). O cadastramento permite a emissão da Carteira Nacional de Artesão que possibilita a participação em feiras de artesanato nacionais e internacionais, em oficinas e em cursos de artesanato.

Cesar Rissete ressaltou a importância de os artesãos continuarem investindo na digitalização. “Mesmo que o consumidor esteja voltando a frequentar os espaços físicos, é a digitalização que vai levar os produtos desses empreendedores a novos mercados. A Trilha vai ao encontro dessa necessidade, orientando os artesãos desde a melhor forma de fotografar as peças para expor nas redes sociais, até as melhores estratégias para ampliar as vendas em market places”, comenta o gerente do Sebrae.

A subsecretária de Facilitação de Comércio e Internacionalização do Ministério da Economia, Glenda Lustosa, destacou o trabalho desenvolvido pelo governo para qualificar os artesãos para a exportação. “Nós estamos lançando a primeira versão setorial do programa Aprendendo a Exportar voltada exatamente para o mercado do artesanato. Além disso, estamos trabalhando com o Global Trade Hub, uma plataforma digital desenvolvida dentro do ministério voltada à internacionalização de micro, pequenas e médias empresas brasileiras, que deve começar a operar em 2022”, comenta a subsecretária.

O presidente da Apex, Augusto Pestana, ressaltou que os artesãos são embaixadores da brasilidade e que o país tem um enorme mercado potencial a explorar. Ele citou os exemplos do Japão e Alemanha que conseguem aliar a inovação e tecnologia, com a valorização do patrimônio cultural, levando seus artesanatos para todo o mundo. “O Brasil precisa seguir o exemplo das melhores práticas desenvolvida em outros países. Só o mercado de artesanato na União Europeia representa uma movimentação de 15 bilhões de Euros”, acrescentou.

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